sábado, 27 de setembro de 2008

Um novo Hospital Pediatrico para Lisboa , uma reevendicação já de 1953....





" Hospitais pediatricos são um direito de todas as crianças do mundo..."

domingo, 7 de setembro de 2008

Coimbra lutou pelo seu Novo Hospital Pediatrico e merecidamente o terá ! E Lisboa ?


O mesmo Ministro que assinou o fim do Hospital Pediátrico de Lisboa, em Coimbra disponibilizou verbas para uma mais rápida finalização do Novo Hospital Pediátrico! Uma incongruência,um golpe ao coração da pediatria portuguesa que urge corrigir!

História em dois capítulos :

1 :A LUTA

No Euro de 2004, Manuel Correia membro da Comissão de acompanhamento do novo Hospital Pediatrico de Coimbra escrevia:

O HOSPITAL PEDIÁTRICO DE COIMBRA
Manuel Correia

"O novo Hospital Pediátrico é um imperativo de cidadania que a todos e a todas deve unir"
A situação vivida em torno da construção do novo Hospital Pediátrico de Coimbra configura um claro e triste exemplo do que é a incapacidade e incompetência dos sucessivos detentores do poder executivo, no sentido de estabelecerem hierarquias de prioridades que respondam, de facto, às reais necessidades e verdadeiros interesses colectivos.
A gravidade da situação não é de molde ao exercício da demagogia. Porém, fica-nos um profundo amargo de boca ao constatar o novo-riquismo e esbanjamento de recursos públicos em torno do Euro 2004. Triste espectáculo de insensibilidade e insanidade que levou à construção de mais estádios do que os necessários e a gastar dinheiro que não tínhamos, qualquer coisa como 1035 milhões.
Para gáudio de alguns milhares de adeptos mobilizaram-se vontades, asseguraram-se financiamentos, hipotecaram-se investimentos nas autarquias. De 15 em 15 dias acorrem as multidões rejubilando com as vitórias, entristecendo com as derrotas. A cidade e os cidadãos pouco ou nada ganharam.
Ao Hospital Pediátrico de Coimbra também, diariamente, acorrem multidões de crianças, famílias e equipas de profissionais dedicados e empenhados. Os primeiros chegam carregando a ansiedade, o receio e a esperança de vitória sobre a sorte adversa. Os segundos, sabem que os espera mais um difícil desafio, diariamente acumulam stress, carregando frustrações de promessas adiadas. Entram em campo e tudo esquecem, empenhando-se com energia e denodo procuram vencer os adversários mais resistentes de patologias e enfermidades várias. A crónica falta de condições físicas, materiais e humanas, não poucas vezes, dificulta-lhes o driblar da doença, impondo-lhe uma inexorável derrota. Todos os dias, crianças, famílias e profissionais saem ora rejubilando com as vitórias alcançadas, ora vergados pela tristeza da derrota pontual......
Estádio de futebol e Hospital Pediátrico são bem o espelho da nossa sociedade e da nossa cultura. A diferença de tratamento, a hierarquia de prioridades, a falta de vontade no desbloqueamento de situações, deixa-nos chocados, mas não imobilizados.
. Era e é um problema de saúde para a sua população. A cidade e a região devem unir-se mais uma vez e com redobrada energia para defender um projecto que não é apenas de Coimbra mas de toda uma região e do país. O novo Hospital Pediátrico é um imperativo de cidadania que a todos e todas deve unir.
JN - Manuel Correia, Membro da Comissão de Acompanhamento do Hospital Pediátrico de Coimbra #





2- A VITÓRIA DA RAZÃO EM COIMBRA E EM LISBOA UMA CONTRADIÇÃO INEXPLICAVEL QUE URGE DESFAZER

O mesmo Ministro Correia de Campos que assinou a diluição ( DESTRUIÇÃO) do Hospital Pediátrico D. Estefânia no Centro Hospitalar, antes de se demitir, em visita ao Hospital Pediátrico de Coimbra assumiu o compromisso explicito de abreviar a sua construção : (Artigo do J.N. )

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"O Ministro da Saúde anunciou esta sexta-feira a antecipação em dez meses do prazo de conclusão do novo Hospital Pediátrico de Coimbra, que assim ficará pronto em Junho de 2009, noticia a agência Lusa.

Actualmente, a obra, cujo valor ascende a quase 45 milhões de euros, encontra-se executada em 34 por cento, mas hoje foi assumido publicamente um compromisso com o empreiteiro para encurtar os prazos, que estavam fixados em Maio de 2010.

«Há um duplo compromisso», declarou Correia de Campos durante a visita à obra, admitindo que a avaliação que irá ser feita sobre os benefícios e custos da antecipação apontem para «um equilíbrio, um resultado neutro».

Obra já teve vários atrasos

Confrontado com os atrasos que esta obra já teve, devido a imprevistos surgidos ao longo da execução dos trabalhos, nomeadamente com as linhas de água no subsolo, o governante salientou que o seu interesse «não é escarafunchar no passado», mas viabilizar o mais rápido possível um equipamento para as crianças da Região Centro.

Na opinião do ministro, é possível também, durante a obra, ir instalando os equipamentos, para que entre em funcionamento de imediato, ou pouco tempo depois. Os equipamentos para o novo Hospital Pediátrico de Coimbra estão orçados em 25 milhões de euros.

O mesmo assunto foi retomado por Correia de Campos na visita que efectuou ao actual Hospital Pediátrico de Coimbra, onde não chegou a realizar-se a anunciada ligação de telemedicina com Angola, que o iria pôr em contacto com o ministro da saúde angolano, devido a um problema técnico - uma ruptura num cabo óptico.

Correia de Campos referiu ser possível uma aquisição antecipada dos equipamentos para o novo hospital e exortou os presentes a colaborarem nesse processo, para acelerar a sua entrada em funcionamento.

163 camas para doentes
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«Não venho aqui assumir o compromisso, e que vocês fiquem de asa solta a fazer críticas» observou em relação ao novo hospital, que terá 163 camas para doentes, e uma área de construção de 90 mil metros quadrados.
O Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) e o Hospital Pediátrico David Bernardino, de Luanda, inauguraram no início de Novembro último uma consulta de telemedicina, que já permitiu avaliar os casos clínicos de 34 crianças em 8 sessões semanais


CONCLUSÃO:

Do acima exposto depreende-se que não existiu uma linha coerente de actuação relativamente aos cuidados Hospitalares de Saúde Terciários em Pediatria :
Lisboa a Capital do Pais ficaria destituída do Hospital Pediátrico mais antigo da Península Ibérica ao contrario de Coimbra e Porto que merecidamente e por esforço próprio terão os seus novos Hospitais Pediatricos.
Aguardamos assim com esperança do Novo Ministério uma declaração Publica de sinal contrário e que venha a desfazer este paradoxo inexplicavel que constitue um golpe no coração da Pediatria Portuguesa.
É obrigatório desde já reinstituir a autonomia e identidade Pediatrica dos orgãos de decisão do Hospital de D. Estefânia !

Apoia a Plataforma na luta por um Novo Hospital Pediátrico para Lisboa !

Nota: Artigos publicados e transcritos da Net. Omitimos alguns parágrafos alheios ao tema em discussão.